Da vida ao Nada

O tempo ferindo de morte os sonhos...

a vida, a paciência...fugidias

que ainda por pouco tenho,

os risos vão ruínas

estampa decadente...

perde-se aos poucos essa habilidade

e ganha-se outras ao decorrer da vida

como o talento matemático

de sempre diminuir:

diminuir lembranças,

diminuir esperanças,

desejos

numa operação de autossabotagem.

E quando nos damos conta

tudo se resume a isso,

a passagem mecânica da vida,

contagem regressiva do que somos

nada além do que não fomos,

que não pudemos e não vivemos.

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 23/06/2017
Reeditado em 27/06/2017
Código do texto: T6035588
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