AMIGO

Tentei não dizer nada,

abrandar as palavras

que do peito fazem abrigo.

Parecia tudo direito

Eu repetia a minha

certeza em alta tom

para os meus ouvidos.

“hei, amigo não é para ficar

revirando aqui dentro

perturbando os sentidos”...

"Amigo",

fico sem jeito

mas preciso lhe dizer

que me abateu tal surdez

e até deles eu duvido,

nem zumbidos...

Arredias palavras!

As escondidas criaram asas

debandando por ai...

E o coração, quem diria!

Não ficou pra traz

por algo tão voraz

aceitou correr o perigo...

Ta feito,

reconheço o descuido meu,

perdoa os absurdos

a falta de jeito

Hora, até o peito

perdeu o respeito

conspirou e me traiu...

Se cuida,

que soltos vão os sentidos

se te encontrem,

adeus amigo

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 22/07/2017
Reeditado em 22/07/2017
Código do texto: T6061990
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