A Dança do Tempo

Talvez um dia eu me case

E leve nas mãos os botões de uma laranjeira em flor.

Cabelos ao vento prendendo margaridas douradas pelo sol.

E um vestido etéreo da cor do orvalho.

Talvez eu ande descalça no musgo da terra molhada,

E durma ao som da chuva no quintal,

Gotas cristalinas a me lembrar da eternidade do tempo.

Cobertas macias de abraços a aquecer minha alma e mãos.

Talvez um dia eu simplesmente pare em alguma floresta

Ouça o silêncio verde brincando com meus olhos e lábios,

Deite na grama sob as nuvens brancas,

E descanse sem pressa até que a noite me receba.

Talvez um dia eu use a veste celestial.

Coberta de pequenas estrelas de cristal.

Paire no ar com a leveza do dia terminado, da obra realizada,

Do sorriso inquestionável e da certeza de estar em casa.

Talvez chegue o dia em que eu,

Noiva, Raiz, Folha, Flor e Capulho,

Caminhe pela senda iluminada por um buquê de cristal,

E semeia magia para quem comigo anda.

Talvez um dia eu me case...

O matrimônio perfeito.

Anunciado por sinos de vento,

Iluminado pela luz das estrelas,

Perfumado por todas as flores do incenso.

Talvez um dia... Em tudo que ainda está por vir.

Edeni Mendes da Rocha
Enviado por Edeni Mendes da Rocha em 27/07/2017
Código do texto: T6066305
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