VIDA DE NORDESTINO

VIDA DE NORDESTINO

A vida do nordestino,

É sofrida e sem sorte,

É uma porteira sem pino,

Fugindo da sina da morte!

Não sei quem traça o destino,

Dessa cambada do norte,

Que desde muito pequenino,

Cada um é como um caçote,

No bico de um socó,

Mas, nunca pensa em desistir,

Mesmo preso em seu gogó,

Se ele não tem pra onde ir,

Talvez comece dali ou daqui,

A desenrolar esse nó,

Pois, em cada canto do mundo,

Você encontra um nordestino,

Mesmo num sentimento profundo,

Ele segue humilde seu destino,

Sem esquecer, jamais, do norte.

A vida do nordestino,

É narrada no tempo,

No badalar do sino,

No redomoinho e no vento,

Na voz do embolador,

Do cordelista atento,

Do poeta e o contador,

De histórias e invento.

A vida do nordestino,

Parece predestinada,

Veja que em todo menino,

Já descrito sua jornada,

Pois, sua luta é sobreviver,

Buscar em tudo o sustento,

Como acontece, não sei descrever,

Parece um guerreiro do tempo,

Que nunca quer desaparecer.

Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 01/08/2017
Reeditado em 05/07/2018
Código do texto: T6071160
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