Depois da quimera
Aos poucos, vou esvaziando os pesares.
Os ressentimentos e mágoas dão lugar ao vazio.
O que deixou de ser segue seu rumo,
enquanto me aprumo,
do jeito que posso.
Agora, com os olhos abertos,
entre errados e certos,
ninguém me espera.
Somos eu e o tempo, na cadência marcada,
retirando a poeira dos cantos mais escuros da alma,
refazendo o que sobrou de mim,
um momento afim,
o que era.
Realidade intrigante, sem maiores expectativas,
na mesmice dos dias que nunca foram mesmo diferentes,
rompo com as barreiras dos costumes.
Dispenso os falsos lumes.
Adeus, quimera!