Elegia para duas Rosas

Em memória de Jacqueline Moraes (ago 2016)

e Márcia Dias (ago 2017)

Não sei o que acontece nesses momentos de despedida.

Penso, penso e penso.

O lamento se apresenta.

Duas Rosas, bem cuidadas e de beleza ímpar.

De uma para a outra, uma volta ao redor do Sol é a distância

mas a dor

Ah, a dor

A dor é equivalente.

Me parece estranha, por vezes, a vida.

Tenso dissenso, propenso

a lutar contra a morte, essa inevitável tormenta.

Tormenta que, hoje, conscientemente aí está para machucar

Levando o Lavrador essas duas Rosas com tão implacável ânsia

que essa dor

Ah, a dor

Dor intransigente.

Recolhidas foram vocês e já aqui não mais se encontram

Enquanto iam para o além, vou lamentando

E, para trás, eu vou ficando

ficando

ficando...

ALIVAVILA
Enviado por ALIVAVILA em 21/08/2017
Reeditado em 13/01/2018
Código do texto: T6090772
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