A CONTRA MÃO
Não me cabe essa gana vontade
Me deixar levar para algum lugar além-mar
Sem rumo nem prumo dessa contra mão
Não me vale
alterar a ordem dos fatos, viver como os apaixonados
de peito aberto embarcar, tendo o vento como direção...
Já é fato
me despi dos rótulos, soltei os laços
querendo desviar o seu olhar para minha paisagem,
Mas, não.
Quão insana!
Desvairada tentando naquele voo planar
Imaginando que mais perto eu pudesse chegar
sem me importar com o tempo, se ruim ou bom
Então me cale!
“ Alguém que fale que tais loucuras são sãs”
que arranque o vazio insustentável das mãos,
Noutros zumbidos que pouse, ou me eleve do chão...
Ah, meu coração!
Vá dormir que já é tarde,
Se não fosse “essa coisa toda miragem” não careceria bagagem
que não as suas próprias razões