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O vento me sopra amor

todo o tempo:

as vezes quente,

as vezes frio;

muitas vezes como se um sopro

do fundo da alma

gritasse socorro

e esperasse com

intensa paciência

um resgate que envolve como seda

e fere como atame...

e meu sangue congela e flui quente

com visco de paixão e dor.

Com desespero delego minha saudade

as tormentas

para sucumbir como granizo que degela a luz

do Sol

e espera placidamente a Lua

para renascer como fênix

sobrevivendo a tudo,

como se próprio o tempo fosse.

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