O que falta eu?

Não tenho contos afinados, não há mais pra onde orar

Não me fiz de santificada, nem de idolatrada

Somente o coração que olha pro céu azul cheio de nuvens,

Ás vezes ele fica carregado por chuvas e nuvens cinzas

Sonos de vozes ecoando o canto vazio,

Vozes que são tão profundas e egoístas quanto eu em momentos seculares

Ontem foi o dia do choro, da impiedade de uma alma seca, que precisa de água da chuva

Ontem foi o dia mais ingrato do tempo perdido mais infame de uma hora inteira

Meu lado frio e sem condições de rastejar por socorro

Está quase sem um gancho de voz e sentido pra caminhar na areia do mar,

São coisas que acontecem e que não tem volta

Sendo meu suspiro de acordar e me deixar levar

Por um diferente que não se encontrou dentro do seu lugar

Olhe pra você agora,aí sentada em um balanço sem sal da própria vida

Olhe pro que se fez um entorno sem condições de lutas de glórias conquistadas

Você pode até sentir nojo do que sente de dentro pra fora

Só que suas atitudes podem dizer a verdade pra você

Não há mais méritos pros sonhos frustrados

Não há mais certezas pras certezas incertas de um dia pior ou melhor

Há mais atitudes pra se entender o que foi que está sentido falta,

Desespero pra que se aconteça algo de lúcido em sua vida,

Para que não cai no seu esquecimento

Para que não vá de si mesma

Para que não se esconda feito uma condenada

Feito morcego com incômodo da luz.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 17/12/2014
Código do texto: T5072885
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