Máquina do tempo.

Eu te vi, em frente a estação de metrô.

Tentando chamar os seus olhos.

Para olhar através da janela do ônibus.

De onde eu estava de olhando.

Eu estava tão perto.

Mas, longe demais para te tocar.

Eu não sei se te verei de novo.

Mas, espero poder de novo.

Então, eu vi ele na calçada da barbearia.

Ele, com seus olhos doentios.

Aquele amaldiçoado que roubou você.

Tirou você dos meus braços.

Eu vi ele, sozinho.

Estava sem o meu tesouro.

Restou-me apenas me perguntar.

Por que, ele levou meu mundo embora?

A tristeza do mundo caiu sobre mim.

Mas, nenhuma lágrima rolou.

Estou tão acostumado a sentir isso.

Porque, meu coração ainda está quebrado.

É duro ver tudo estar acabado.

Como se o grande continente se partisse.

É duro ver o que eramos, envelhecer.

E parece que nada pode parar isso.

Nós precisaríamos de uma fonte da juventude.

Ou, uma fantástica máquina do tempo.

Eu vi a mim mesmo no canto do ônibus.

Como o homem solitário que sou.

Esperando minha parada, para saltar.

Não quero ter piedade de mim mesmo.

Eram apenas fantasmas.

Sussurros de um passado próximo.

Restos do que foi um dia.

Antes, de você partir...

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 20/12/2014
Reeditado em 05/08/2020
Código do texto: T5076201
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