Eu sou...

Eu sou,

Aquele canto da sabiá, na manhã de sol

A luz do Sol que se apaga, longe na montanha...

O azul da montanha, unindo-se ao azul do céu.

Sou as ondas do mar, amansando-se na praia.

O vento soprando nas folhas da mata.

A água límpida do manso regato,

correndo sobre as pedras.

Sou o barulho da cachoeira.

Aquela remada macia, cortando as águas do igarapé.

O latido do cão chamando o seu dono.

Sou o relinchar do poldro solto correndo nas campinas.

O abrir de uma porta, onde passa alguém procurando abrigo.

A rua enorme, onde passa tanta gente apressada.

O negro da noite, esperando a lua chegar.

Sou aquele banco da praça, onde os namorados vem amar.

Aquele sino da igreja tocando, chamando os fiéis para rezar.

Sou tanta coisa que nem sei.

Tantas que não cabem nesse poema

Sei apenas que sou simples poeta

Que vos escreveu esses versos

jorê