AS FLORES
Não me deixem longe das flores,
Nem do mel da vida
Tudo é desencontro
Sigo pelas mãos das estações
Mudando ligeiramente o tom
Relvas das encostas
Suavidade santa, as flores
Meus dedos ásperos
Minha alma de arame com farpas
Delicadeza da terra
Seda das orquídeas
Raios de luz
Dourados do sol
Que comovem os olhos
No gris amargo da tarde!