AS FLORES

Não me deixem longe das flores,

Nem do mel da vida

Tudo é desencontro

Sigo pelas mãos das estações

Mudando ligeiramente o tom

Relvas das encostas

Suavidade santa, as flores

Meus dedos ásperos

Minha alma de arame com farpas

Delicadeza da terra

Seda das orquídeas

Raios de luz

Dourados do sol

Que comovem os olhos

No gris amargo da tarde!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 13/10/2017
Reeditado em 24/09/2020
Código do texto: T6141116
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