No meu território…
Subi ao mais alto dos montes
Desci ao mais profundos dos abismos
Descobrindo quer no topo
Quer no fundo
Que é de Ti que eu preciso…
Assisti ao nascimento
E à morte das primeiras estrelas
Ao fim do último dos impérios
Vivi entre os Deuses
Percebendo a diferença entre a ilusão
E o que se deve levar a sério…
Descobri
Vi e descrevi
Todas as formas de vida
As formas de comunicação
Tão vastas
Que cabem apenas na mais vasta imaginação…
Presenciei o primeiro contacto
Entre nós
E os nossos vizinhos estrelares
Só percebendo então
O quanto é vasto o Espaço…
Vi olhos marcados pelo êxtase da exploração
Vi olhos marcados pelo mais terrível dos horrores
Chorando então
Quer pelas maravilhas
Quer pelas terríveis dores…
Vi de facto coisas
Que contadas custa a acreditar
Mas tudo era real
Porque
O Meu Território
É a escrita
Que se alimenta tanto da vida
Como da imaginação
E por isso
Tenho tantas coisas para contar
Assim como tenho para ver
Para ouvir
Porque só quando sinto e escuto os outros
O Meu Território se pode expandir…