A caminho de casa

Ah amigo, onde andas?

A caminho de figueira?

Terra de chão batido,

De beleza derradeira.

Me conte um pouco mais

dos viveres dessa vida,

conte a vida, verse em verso,

esse verbo tão clichê: o amar.

Mas verse,

versifique o verso mais antigo,

mais amado, mais sofrido:

o amor de uma mulher.

Amigo, conte as pedras no caminho.

Quais Drummond quão sábio disse.

Ah amigo, não as conte,

chute - as!

Pense muito, pense fundo,

reflita em íris, prisma, luz pura.

Viva, mas jamais esqueça,

nunca esqueça.

Ivan Schneider
Enviado por Ivan Schneider em 22/05/2015
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