esquecido

Quando foste embora, simplesmente me desse às costas e apresasse os passos.

Nem um adeus, nem um abraço.

Usasse-me como o teu amigo e depois jogasse fora como algo sem valor, deslizasse depressa entre as neblinas daquela manhã fria, inverno do ano passado.

Quando mais precisava do você é que você se foi, logo você que me chamava de amigo, você que compartilhei todos os segredos que havia guardado.

Você que juntos nós irmos ao jardim apanhar flores, você que me dava bom dia, boa tarde, e nas horas mais escuras eu estava com você.

Você que nas viradas dos anos fazia questão que juntos blindasse as felicidade de um novo tempo.

Agora sem razão me largasse no esquecimento.

E esquecido eu vivo nos dias triste e sem brilho, o teu abandono me deixou sem razão, porque não esperava que você se fosse tão cedo.

Esquecido eu procuro alguém pra conversar, mas eu não encontro, acho que você me faz grande falta.

Mas porque se foi quando apareceu alguém na sua vida melhor que eu?

Esquecido eu agora me debato como peixe fora d’água tentando te esquecer, mas um dia muito longe pode ser que consiga esquecer, como você conseguiu em questão de minutos.

Eraldo Costa