Violetas Radioativas
De pé nesse antigo terreno baldio
Onde os garotos um dia brincaram
Em seu reino perdido e encantando
Sonhos que nasceram e morreram
Em meio as violetas radioativas
Grite meu nome herói de papel
Salve-me daquilo que me tornei
Faça um truque de mágica qualquer
E destrua os monstros em meu armário
Eu lhe devo dinheiro princesa de cetim?
Irei lhe pagar com meus níqueis enterrados
Um pequeno tesouro há muito escondido
Não vale muita coisa para os abastados
Tantos anos escorreram-se pelo calendário
Mas o terreno baldio nunca se foi de fato
O que se foi foram as crianças sapecas
Mortas em um acidente chamado vida
Mas se eu te contar juro que não acredita
As violetas ainda crescem em meio ao lixo
Tão belas quanto cresceram um dia.