OUTRA VEZ O MESMO AMOR

Quando brotou sem pretensões nas asas de um ato incidente

Eu fui indiferente ao que seriam as suas proporções

No limiar de suas emoções, me dei sem restrições profundamente

Até que de repente deixou fraturas e hematomas de desilusões!

Tão simples como veio, pensei que fosse o seu partir

Até que percebi meu mundo inconsciente totalmente capturado

Completamente acorrentado, sem forças pra fugir

Então julguei que consegui, ao me iludir com seu sintoma amenizado!

Corri muito apressado em direção a novos endereços

E projetei vários recomeços, escritos por incontáveis novidades

Fingi que não vi as saudades, cri na versão de meus avessos

E paguei todos os preços para dispor de outras realidades!

Andei de forma aparentemente progressiva, vaguei por outras veredas

Mas nem mesmo a brisa das sedas tirava-me a dor dos espinhos

Novos prazeres e outros carinhos, lábios de uva e suores de cerejas

Fartei-me nos corpos e embriaguei-me nas mesas, mas sempre sozinho!

O tempo passou e o vento levou acervos e cenas de histórias

Derrotas e glórias mudaram meu rosto, até te reencontrar

Mal sabia explicar onde foi que perdi nas julgadas vitórias

E tentei te apagar das memórias, mas jamais consegui não te amar!

**************************************************

Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

www.reinaldoribeiro.net

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 10/11/2008
Reeditado em 14/02/2013
Código do texto: T1276097
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.