TEU CORPO
 

 
Manifesto em doce conjectura
Orlas de quem me deixou enfeitiçada
Angélico era o teu semblante,
Que me olhava com simulada ternura
Constava, no teu coração teres-me guardado;
Mesmo Adónis não tinha a tua beleza,
Eu te esculpi do rochedo duro
Fiz o teu corpo à minha realidade
Agora vagueio triste, sem futuro
Olvidei, a esse corpo dar uma alma;
És somente uma estátua
À qual darei honrosa sepultura
Enquanto espero,
O amor duma real criatura





SUSANA CUSTÓDIO
Enviado por SUSANA CUSTÓDIO em 14/01/2010
Reeditado em 14/01/2010
Código do texto: T2029379
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.