Poeta Noturno

Poeta noturno

noite fria

quase madrugada

atrasado...chegaste

Vinho branco

taças cheias

queijo farto

beijos, abraços...ficaste

Sorrisos lentos

olhares cortantes

mãos entrelaçadas

roupas jogadas...amaste

Movimentos lentos

dança rápida

respiração ofegante

gritos, sussurros, grunhidos

esquecido entre os lençóis...cansaste

Sorrisos na escuridão

bocas, pernas, copos, corpos

quietude enfim

abraço morno e silêncio...dormiste

hora tardia

raia o dia

cabelos em desalinho

bocas (ainda) de vinho

mantenho sigilo

sono tranqüilo

e lá seu foi o meu amor !

Adriana Alves (Poetisa Lancinante)
Enviado por Adriana Alves (Poetisa Lancinante) em 08/03/2010
Código do texto: T2126756
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