ENCONTRO CASUAL

Não tinham afinidades e nem se conheciam.

Jamais houve uma razão para um encontro,

Quem sabe momentos planejados, um olhar,

Até parcerias de amigos para se relacionarem,

Nada, nada que explicasse o que aconteceu,

Pois foi até com indiferença o encontro casual.

Ele jovem querendo buscar só alternâncias,

Jamais envolvimentos que pediam seriedade,

E os encontros fortuitos éram passageiros,

Não tendo um coração preparado para amar,

Diante de espírito rebelde um tanto brutalizado,

Pois vinha de estrutura familiar comprometida.

Ela no entanto, meiga como uma flor cultivada,

Emanava sorrisos e os perfumes tinham marcas,

Da rosa vermelha ou a orquídea de muitas cores,

E seu porte franzino denotavam uma elegância,

Como se fosse esculpido pelo mais hábil artesão,

Com a diferença de ter um lar repleto de amor.

Só que as razões do coração são tão intrigantes,

Pois parecem haver entre eles cumplicidades,

E quando almejam procurar mudar os conceitos,

Garimpam os que são rebeldes para modificá-los,

Atingindo os alvos com a precisão de uma flecha,

Que penetram fundo e mudam todos os conceitos.

Aquele jovem rebelde que nunca soube o que é amar,

Num encontro casual com a jovem trocou um olhar,

Que foi penetrante diante de todas as circunstâncias,

Uma festinha onde muitos procuram só aventuras,

Mas que houve entre ambos uma interação diferente,

Pois seus corações desejaram que se conhecessem.

Assim foi o aproximar de dois jovens tão diferentes,

Um rebelde com espírito de aventuras e só falsidades,

Outra meiga procurando as verdades e sinceridades,

E na troca de olhares e sorrisos que se ampliaram,

Um encontro casual se transformou num lindo amor,

Que desabrochou verdadeiro, sem máculas, um primor.

01-01-2011