Recordações de teus olhos

No sangue era a cura que vinha, sob rios devassos,

Escondendo da sede minha a calma, depressa a fugir:

Sem que eu notasse, a distância dos dias em teus lábios

Ou a deleite do entorpecer de meu peito levava a ruir

De mim cada resquício de vida, num gole de prazer sufocante

E sem vida, debaixo dos oceanos de teus olhos tácitos,

Onde me perdi no desencontro de tua alma como demente.

E que ainda o seja eu o curado deste mal, ou morrendo

Mesmo que todos os dias; e escrevendo sem contar motivo,

Ou partindo e regressando pelas noites – ainda tenho medo;

Mas que seja eu a encontrar teus olhos onde em loucura ainda vivo,

Pois é onde morrerá meu pecado por mim – meu olhar, sempre culpado.

Ao 19 de Agosto de 2007 - 16:00hrs... dia que me apaixonei pela primeira vez

Luan Santana
Enviado por Luan Santana em 19/08/2011
Código do texto: T3168644
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