Pôr do sol
Olhava, toda tarde, o pôr do sol,
sombras engolindo lentamente
esperanças.
Rotina de olhos úmidos, imóveis,
rotina de nó na garganta.
Nada ouvia, até,
não importando se ruído, se voz.
O silêncio perdurava até
o amanhecer, parecia.
Não era vida, mas castigo...
Quanto tempo mais?
Só ela sabia.
Só ela sabia se um dia voltaria...