Amor em C maior

Se o passado convergia à falsa liberdade

A aversão que havia ao compromisso

Arrastava-me o destino a ti, sem saber

Que o amor me habitava, omisso

De tantas em tantas, era fato

Do que recebia, talvez ingrato

Mas sensato, na esquiva sem me prender

Face ao medo do desconhecido, hesito

Mas isso é outrora, que mesmo na demora

Envolveu-me sorrateiramente, sem perceber

Ante a luz dos teus olhos, derramei-me

No vislumbre de um futuro mais que promissor

Gerado, fixado, empossei-me com todo ardor

Sentimento armado e cravado com um tiro certeiro

Senti-me o primeiro, um príncipe encantado

Não por menos, pois é repleta

Adjunto adnominal de virtude, mais que completa

A prometida, inobstante à surpresa

Deu-me à vida, sobrepôs-me

E a fez mais querida

Foi salutar a paixão gerada, inesperada

Como uma toada, inspirada em sentimento

Que canto em tom maior

Em C me dou melhor

Por ter você em pensamento

Agradabilíssima surpresa, da janela do quarto

Estava eu no aguardo

Na imagem da silhueta, bela e formosa

Tomou-me uma subliminar intuição

De um sonho impetuoso e profético

De fazer de ti minha morada, em teu coração

(Para Claudia)

Marco Dorta
Enviado por Marco Dorta em 25/01/2013
Reeditado em 25/01/2013
Código do texto: T4104837
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