NÓS DOIS

E o que ficou de mim?
Se entre restos me deixou?
O amor.... Ah, o amor!
Que dilacera, e em vão suspira

Traiçoeiro desafia o meu destino
Quando em prantos se ascende
Arde e dilacera, infltrado,
Chama que inflama num desejo vão

Tão triste nem ouso murmurar
Em sonhos acabrunhados
Esse sentir inebriado
Que vaga e não se traduz

O amor? Ah, essa façanha...!
Ora me ascende, ora me entontece
Fragiliza, e discorre em lágrimas
Doendo, pungindo num suspirar

E na trama indolente
Onde minh'alma te retém
Amargurada canto em lágrimas
O que restou de nós dois!