A LEMBRANÇA É UM PROJETO DO AMOR?

Estranhamente mas, continuamente, eu ouço quando o vento sopra um canto de uma comovente canção, através dos sonhos que vagueiam pelo meu coração, assim como vejo estrelas que brilham em insone repouso, qual um farol solitário e sem brilho, ou mesmo o estribilho com palavras em decomposição, ou até um pouso, de uma ave em arribação.

Vejo no espelho marcas recentes de um corpo despido, em sentido compartilhado, ou um soluço abafado, em um ato passado de pura reflexão, com a intenção de um acalanto, como de um vento passado de pura dor. E não há como impor, a tecedura de uma esperança, nem que a prematuridade de uma lembrança seja um projeto do Amor.

É como se o ontem fosse o agora, ou mesmo um registro na maquina da hora, embora haja um cruzamento num recanto qualquer, ou mesmo o estabelecimento de uma analogia, uma fantasia entre os tons azuis do mar e do teu olhar, e sempre vai haver uma certeza, e que essa esteja presa, em forma de presença viva, na tentativa de unicamente te sublimar.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 28/11/2014
Reeditado em 09/11/2017
Código do texto: T5051507
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