Liberdade Proíbida
  
O frio que sinto vem da minha ansiedade
Assim como as folhas tentam se mover
Antes do vento. Ora os meus sentimentos
Não se misturam com minha realidade.
 
E vão embalados apenas por palavras
Estas que chegam puras e intensas
E em mim move a pretensão
Em confundi-las com saudades.
 
Se o tempo me avisasse quantas horas
Duraria este dia que parece eternidade
Eu na noite dormiria e no dia esperaria
O amor que não venha da insanidade.
 
Como me compreender?
Como compreender minha sorte!
Das brisas serenas que a mim chegam
Só uma me toca a sutil brisa do norte.
 
O silencio é por vezes necessário
Mas é nas palavras que contém poder
O silencio trás o medo de ser esquecida
E as palavras o medo de perder você.
 
Qual uma ave de asas quebradas me sinto
Com medo de sair do lugar de tentar voar
Não és apenas uma voz nas minhas noites
És a vontade de nenhuma outra escutar.

És o que de melhor aconteceu na minha vida
A paz, as palavras divididas, a prece precisa
Quando meu barco já remava contra a vida
Foste o êxtase e minha liberdade proibida