VIDE

Nada valho...

Sou um tonel de carvalho,

e você, o vinho.

Incólume, sozinho,

seu amor adentra em mim.

Ganha corpo, valoriza,

e, no frescor da brisa,

evade para um cristal qualquer.

Me deixa frágil, desgastado,

para, finalmente,

ser, por outros, degustado.

Eliezer Ávila
Enviado por Eliezer Ávila em 06/04/2015
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