POEMA SEM NOME

O amor platônico do qual falas,

Sentes por outra pessoa

E com grande pesar te calas

Diante da indiferença que te magoa.

Fizeste das tuas palavras as minhas

E no teu poema eu vejo

O que está nas entrelinhas,

Que é por ela que tens tanto desejo.

Eu sei que dói a verdade nua e crua,

Azul não é minha cor

Mas também não é a tua

O que te fará esquecer esse amor?

Foi lendo tua poesia

Que te idealizei na minha mente,

Enquanto falavas o que queria

Para outra mulher, que por ti, nada sente.

Deixo aqui o meu relato,

Sei que nunca chegarás a ler

Não porque és ingrato

Mas porque que não consegues ver

Que por ti eu sinto um impossível amor

Tal qual, o sol pela lua,

Já me conformo, não sem dor,

Que jamais serei tua.

Ana Paula Figueiredo Alves
Enviado por Ana Paula Figueiredo Alves em 01/08/2015
Código do texto: T5331049
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