POEMA SEM NOME
O amor platônico do qual falas,
Sentes por outra pessoa
E com grande pesar te calas
Diante da indiferença que te magoa.
Fizeste das tuas palavras as minhas
E no teu poema eu vejo
O que está nas entrelinhas,
Que é por ela que tens tanto desejo.
Eu sei que dói a verdade nua e crua,
Azul não é minha cor
Mas também não é a tua
O que te fará esquecer esse amor?
Foi lendo tua poesia
Que te idealizei na minha mente,
Enquanto falavas o que queria
Para outra mulher, que por ti, nada sente.
Deixo aqui o meu relato,
Sei que nunca chegarás a ler
Não porque és ingrato
Mas porque que não consegues ver
Que por ti eu sinto um impossível amor
Tal qual, o sol pela lua,
Já me conformo, não sem dor,
Que jamais serei tua.