Lápide

Lágrimas caem,

Molham a terra seca,

Olhos tristes contemplam,

Na lápide fria inscrições,

Registros, saudades.

A memória busca,

Momentos bons,

Risos, abraços,

Aqueles beijos,

Suspiros, emoções.

Reviver quem sabe um dia,

De súbito um suave toque,

Mãos aquele corpo percorre,

Roçar de lábios,

Entrega, carinhos, magia.

Ela se despe, fica nua,

Sobre a lápide cena de amor,

Perfume de flor,

Êxtase, torpor.

Em silêncio e escondido,

A tudo isso eu assisto,

Nessa hora então,

Em meio aos túmulos,

Eu me retiro, desisto.

Não há chances para mim,

Nem a morte a fez desistir, ´

É uma paixão sem limites,

Para ela sou um morto vivo,

Ela prefere fazer amor com um espirito.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 22/05/2017
Código do texto: T6005934
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.