AMANTES

AMANTES

Com as mãos cheias de nada

No útero do desespero

Maçãs

Embrulhadas em nudez

Se lambuzam e fazem amor

São amantes

Exilados

À rasgarem verbos

Apunhalando teorias

E deleitam-se

Com o ‘cio’

Sorriem, riem, gargalham e partem

Nas asas de um condor

Com as mãos cheias de nada

E o peito a transbordante

De Amor

(Orides Siqueira)

Orides Siqueira
Enviado por Orides Siqueira em 27/07/2017
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