Calar a alma, é o mesmo que deixar se naufragar, morrer tentando atravessar o deserto, quando o caminho é você
                                                                                             
                                                                                                                                                                                                                               Mardielli                

                                                                                                 
Fascínio de minh'alma

E quando o sol se pôr,
Com a melancolia do entardecer...
Que cada espera que ainda há de vir entre nós,
Não se perca no caminho da desilusão...
Assim, faço um verso sem o cansaço das esperas
Quando num pequeno gesto , penso ter o teu abraço,
E me deparo no tempo, vendo noites
Tão vazias... já que, minha louca vontade
É sentir teu corpo febril entre meus dedos, como
Um sonho peregrino, nas noites de puro fulgor...
Assim, recolho-me no silêncio, pois não tenho
Nem teu corpo, nem tua alma, e faço do silêncio
Uma  oração. E que no vislumbre das estrelas
Eu possa ainda te olhar com o mesmo fascínio,
Que um dia minh'alma deixei fascinar-se.


Poeta Pedro Paulo, sempre presente no meu cantinho! Obrigada pelo carinho, sempre!


Amanhecer

E quando o dia amanhecer,
Que a esperança possa renascer
E na melancolia vou escrever
Mais um verso de amor, por que tanta dor?

Das lembranças contidas no coração,
Vou fazer uma canção
E nessa inútil espera que o coração não supera,
Ainda sonho com o amor que sempre quisera.

E quando o dia anoitecer,
A saudade ainda vai prevalecer
E na melancolia mais uma vez vou escrever
Outro verso de amor, decantar a minha dor.

Poeta Pedro Paulo, 13-08-17

Poeta Paulo da Cruz, obrigada por abrilhantar sempre o meu cantinho! obrigada sempre pelo carinho

Olhar que mira o vasto infinito
No findar do dia em seu crepúsculo
Ao fulgor do sol que neste instante pede para ir embora
Oh, que pena! Mas meu coração é claro como o sol do meio dia
E caso daqui a pouco vier a noite
Longe de mim o temer sua incomensurável escuridão/
... seu negrume Eis que ilimitada é também minh?alma
Maior, bem maior que o próprio universo Ao que no dinâmico silêncio de meus pensamentos
Degustarei das mais belas melodias até então jamais ouvidas
E inebriarei das mais lindas imagens a que n
unca por mim foram vistas Ah, como tudo é tão belo
E, apesar de tudo, sempre existiram
Por que, então, não as via?
Estaria eu então antes cego?
Que se vão embora os fantasmas de meus desejos e medos E que jamais retornem à minha antiga casa... minh?alma
Que me deixem sozinho
Saem daqui, eis que eu vos peço
Ou melhor, eu imploro Não quero mais vocês comigo
E, desse modo sou
E, assim agora me encontro
Do perdido tempo em que outrora estava
Ah, raro e precioso tempo
Em que nada tenho:
Nenhuma vontade
Nenhum temor
Nenhum mesquinho anseio
Os quais tanto me desviaram de mim mesmo
Ó escura e abençoada noite de minh?alma
E ao mesmo tempo tão clara em seu fulgor
Quão feliz agora estou
Neste vazio pleno e vivo
A que neste momento eu sou... verdadeiramente eu mesmo!

Poeta Paulo da Cruz, 13-08-17