Feito vinho, destino...

Não sei como
Nem porquê,
Mas eu sempre soube
Que era você.
Mesmo antes dessa nossa
Existência desencontrada,
Das tantas andanças pela longa estrada,
A procura do que não se guardava,
Eu já sabia...
Já sabia que um dia
Você viria,
Mesmo sem saber de fato,
Se você existia...
No dia imprevisto
E bem marcado pelo destino,
Você apareceu
E, feito bebida fresca,
Veio molhando-me a boca,
Carregando-me a alma,
Trazendo-me a paz,
E dentro de mim,
Fazendo tremenda arruaça...
Logo, estava eu
Totalmente embriagada
De você...
E feito vinho tinto,
Meio adocicado, meio amargo,
Fui me deixando sorver
E por você fui sendo sorvida

E, tão rapidamente
Que nem vi,
Nem notei,
Apenas senti
E me deixei ser degustada...
Hoje, de bebida fina,
Passou a ser minha bebida brava,
Que me puxa, me prende,
Tornando-se indispensável
Em minhas noite frias 
E tórrida madrugada...

14/08/2017
 
Aliesh Santos
Enviado por Aliesh Santos em 14/08/2017
Reeditado em 14/08/2017
Código do texto: T6083968
Classificação de conteúdo: seguro