O bonde

Passa o bonde

Aqui de fronte

A rua irrompe

Depois das onze

Não mais que ontem

Vêm de longe

De trás do monte

Não sei de onde

Atravessa a ponte

Da praça à fonte

Depois se esconde

Ao sul do conde

Do sol do monge

E na curva some

Passa o bonde

Aqui de fronte

Da vila rompe

Atrás um homem

Que tem fome

Mas nada come

Só se consome

Quiçá desmonte

Não sei seu nome

Talvez se sonhe

Mas não me conte

Ou somente ronde

Feito o bonde

E a mim não tombe

Passa o bonde.

Fábio Pirajá
Enviado por Fábio Pirajá em 02/12/2008
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