Densa e Leve


*


A Poeira do pensamento
é um sútil levitar do sentir,
saudade em suspensão dum vivido momento,
dolorido e vazio dum rebuscado partir...

Ingrata partícula em vil fragmento,
mas vital célula que faz-me refletir,
hospedada em meu interior firmamento,
castiga em febre sem delírio meu existir...

Densa e leve,
fremente e sussurrante,
gélida igual a neve,
recorda-me um amor claudicante...

Fundeado em imo-deserto,
num dual sentir sadio e doente,
inóspita poeira, sinto-me por ela coberto,
faz-me ofegar resquício dum amor restante!...



*




















































"CÔRTE DE GOROBIXABA"
(lugar de gente feliz)



Luisenko Facurinsky
Ministro do Silêncio do Reino de Gorobixaba



-"O Silêncio é um amigo que nunca trái,
por esta razão ele é sagrado!"

*


















Nota:
______


Agradeço antecipadamente
todas as carinhosas
 
interações 
dos poetas e poetisas que 
trazem brilho e 

POESIA
para este espaço!

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 Zuleika dos Reis

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 Dicotomia, teu nome amor
Dicotomia, teu nome dor
Leve e denso
o mesmo e outro
o que morre nascendo
o que nascendo morre.

Partenogênese
ser sem pai nem mãe.

Assim o ser se sente
tantas vezes assim se morre
e se renasce sempre.

Neve e sangue de si
o amor, estrangeiro rosto
estrangeiro ser
inimigo íntimo
íntimo como a mais funda e alheia
galáxia de se ser...
De se não ser.

*




















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Maurilio Gabaldi Lopes
*

O EU,
DO AMOR ETERNO

Contundente e suave dor,
ardor dormente
Doravante servil do amor inexistente
O eu do amor eterno,
num sopro em furor plangente,
Por fim,
liberta alma em flor,
sem masmorra,
dor ou correntes! 


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 Tiago Duarte
*

Espero que essa poeira não baixe.
Mas que nos corações de cada poeta se encaixe. 



*












Verdadeira
ODE
em comentário:


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Arana do Cerrado

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Chega trazendo nostalgia,
suspiros e delírios...

chega me fazendo fremir
diante do belo
e murmuro-lhe à sombra
que desdobra-se
diante de escaldante sol:

Seu gládio é palavra que corta,
retalha em finíssima forma;
é lágrima que não cai
e de tão leve, voa,
busca e me entrega os orvalhos
todos que a noite condensou
e neles posso ver arco-íris,
ouço silêncios recolhidos.....

gosto de sal, agora,
escorre pela garganta
e a pele macia,
arrepia e geme.......

Bem assim estou
diante do altar,

DENSA E LEVE!!!

*


Querida!!!! Você alenta os corações de quem lhe lê!
Abrilhanta nossas páginas com sua empírica e talentosa
maneira, tão sublime e carinhosa de sentir escrevendo!
Obrigado minha linda, por existir tão ternamente!!!!!



















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 Rose Costa
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''Que a poeira se dissipe
e deixe a mostra
o coração que ainda vive,
coração este que acarinha a palavra
quando sentida na emoção
que contagia todo o ser,
e vem como um furacão,
adentrando sem permissão,
permita este viver,
e deixe o tempo
fazer acontecer.''

*


- Grato querida Rose,
por tão belas palavras!
Bjs ternos


*
















 
Facuri
Enviado por Facuri em 12/04/2014
Reeditado em 29/09/2015
Código do texto: T4765956
Classificação de conteúdo: seguro
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