A LÁGRIMA
É o riso,
é o choro,
é o sorrir,
é o consolo.
É o sofrer,
o chorar,
o viver de emocionar.
Quão pequena e poderosa,
faz a gota lustrosa,
que ao rosto levemente pousar,
viera de um olho de sentimentos...
a transbordar.
Salgada como o mar,
pode ser a dor do amar,
ou o amor da dor.
Pode ser filha do sofrimento,
ou o pensamento alheio do momento.
Pode surgir do cantar do cantor,
ou do suspirar falso de um ator.
A falta de fé,
as cócegas no pé.
De joelhos a suplicar
ou no descontrole de um gargalhar...
Lá vem a pequena a surgir, crescer e se formar,
para cair, sentir e nunca mais voltar
BRUNO SERENO