Eram uns olhos de esperança.

Eram uns olhos azuis, azuis,

Que podiam brilhar;

Um azul da cor do mar.

Eram uns olhos de esperança.

Pena! Vivo só das lembranças.

Como se lia num manuscrito,

podia ler nos olhos seus,

o valor infinito da alma.

Eram uns olhos de esperança.

Pena! Vivo só das lembranças.

Uma lágrima rolaram naquele olhar,

e um último suspiro,

nos seios ainda treme,

e o azul, que era azul, embaça.

Eram uns olhos de esperança.

Pena! Vivo só das lembranças.

Numa noite de céu azul,

Ofuscou-se o último brilho,

num triste passamento.

Eram uns olhos de esperança.

Pena! Vivo só das lembranças.

(Homenagem à minha mãe - 19 anos sem o brilho de seu olhar)

Carlos Torrente
Enviado por Carlos Torrente em 29/06/2015
Reeditado em 29/06/2015
Código do texto: T5293983
Classificação de conteúdo: seguro