Testamento Marajoara

Curralinho, julho de 2016.

Quando eu nasci

Foi lá no Marajó

Quando nasci

Foi lá no Marajó

O meu cueiro

Mamãe lavou

No igapó

O caribé

Quem fez pra mim

Foi minha avó

Se eu cresci

Ali no Marajó

Se eu cresci

Ali no Marajó

Meu pai ensinou

Fazer uma casa

Do meu suor

Meu avô falou

Pra eu cuidar bem

Do meu xodó

Se eu morrer

Eu vou pro Marajó

Se eu morrer

Eu vou pro Marajó

Pra ser batuque

Ou chique - chique

De um carimbó

Pra ser cantante

E no eterno

Não ficar só