Um vazio imenso

Foi um tanto quanto estranho

Tudo de repente ficou mudo

Aquilo que era de todo tamanho

Agora ficou como quase tudo

Parou de chover e desde ontem

Estou vazia de folhas azuis

E minha tela ontem branca

Hoje formam imensos nus

Quanta coisa por dizer, fazer

Quantos toques suaves e soltos

Me recuso tanto a esquecer

O quanto já fomos loucos

Levo marcas de poesias na nuca

Enquanto escrevo para quem não lê

O meu sempre é diferente e nunca

Estou pronta pra quem nunca soube ser.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 09/01/2017
Código do texto: T5877165
Classificação de conteúdo: seguro