E por falar em saudade...
A olhar o tempo penso,repenso
Perco a noção das horas no dia
Não lembro de mim sem ti, enfim
São lembranças mui concretas
no vigor de nós, corpos tão afins
A embalar tantas tardes caseiras
Nós dois numa cumplicidade alheia
da vida lá fora, nos tonteia,range
o leito, tão suspeito a nos cobrir
lençóis dum algodão alcoviteiro
Por mais que passe o breve tempo,
Deste imenso lamento de dor nos ais
Vibro, e sei que vibras do coito
Nas saudades desmedidas do amor
de nós dois a nos enroscar da peleja
Recordações...serão para sempre
Por ser tão único e simples no ser
nas formas, tão robustecidas afins
Estás em mim como estou para ti
Nada nega,o melhor que fomos num
Dois seres que ancoraram olhares
Dum amor, até então, não sentido
num querer bem mais que querer
de viver sem amanhã,só pelo hoje
Em cálidas lembranças vespertinas
Assim,o AMOR,aportou-nos,
Um no outro para sempre...