O Deixar

Impudente ausência que lancina a alma.

Tristeza presente da doce calma.

Prisão anelar das memórias pululantes,

Que transforma arroubos degradantes.

Coagida em esperanças mortas,

A saudade mora.

Humilhada em felicidades tortas,

Ela chora.

Haverá alguma maior agonia,

Ou mazela derrocada?

Subsiste ainda melodia,

Ou arrulho da ave encantada?

Todo estar, sem ti,

Desfaz-se.

Teu deixar, em mim,

Renasce.

Rodrigo Leme de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leme de Oliveira em 20/11/2017
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