Beirada do Infinito

Sentada na beirada do infinito.
Presa pelo hipnotismo da vida.
Continua.
A alma transbordante de sonhos,
Os sonhos já infindos de esperança.
Inerte.
O rosto calmo, rosado.
Sorriso amplo,
Olhar macio.
Permanece.

Algo, então, passou.
Modificou o céu.
Emudeceu a terra.
Temerosa, não fugiu, não enfrentou.
Parou.
A escuridão, persistente, viu que
Os sonhos já morriam,
A vida sofria.
Congelada.
O seu rosto descoloriu,
Cinza, triste,
Só.

Da beirada do infinito ela caiu.
E continuou a cair
Até seu corpo o chão não encontrar.
Karla Hack dos Santos
Enviado por Karla Hack dos Santos em 14/04/2009
Código do texto: T1538265
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.