Recôntido da Alma

A coordenação motora relutava

Em dirigir-se de encontros

Aos desencontros da vida.

O visual vestia-se embaraçado

Em corte costura remanescente,

Alinhavando o que restara das sobras.

As cordas vocais emitiam

Frases desconexas, palavras confusas

E assuntos inacabados.

O olhar mortiço úmido insistia

Um pranto entrecortado...

Ou em plena difusão retumbante.

Haja lágrimas prá chorar

Nas finalidades de cada existência perdida!

A vida se esvai em silencio de partida,

Mas a dor permanece ainda escondida

No recôndito de minh’alma.

Lili Rebuá
Enviado por Lili Rebuá em 19/06/2011
Código do texto: T3044132
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