ALMA E AÇOITE

Minha alma inquieta chora toda noite

Escrava do amor não correspondido,

A dor é o tronco, a saudade o açoite,

Você o arrependimento por eu ter nascido.

E ser torturando é meu modo de viver,

Minha fuga da dor são os meus versos,

As rimas é o meu chorar, meu modo de ver

Que mesmo preso à dor viajo ao universo.

Corto na fuga a selva da minha solidão,

Mas os cães das lembranças vêm me persegui,

Pensei que minha segurança era segurar tuas mãos,

Momento infeliz em que sem querer me iludi.

E novamente volto ao tronco da dor,

E molho-o com as lágrimas do meu chorar,

Maldito teu amor que deixa meu mundo sem cor,

Maldita a saudade que vive a me açoitar.

ANJO DA SOLIDÃO
Enviado por ANJO DA SOLIDÃO em 15/04/2014
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