A Hora Nona

A Hora Nona

E hoje ascendo a ultima vela,

Desfazendo o profundo breu.

Os meus olhos que queimam,

E a sensação do tardio adeus.

Todas as imagens distorcidas,

Nada há de restar no amanhã.

Permaneço aquecido pelo sol,

Dentro de mim, tempestades.

Avistar um dulcíssimo falecer,

Neste destino há uma partida.

Meu sangue fino respingando,

A cama mais gélida de todas!

Não há mal nenhum ao partir,

Viver é sim uma condenação.

Salvos, o espírito e o coração,

Era, certamente a hora nona.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 30/07/2014
Código do texto: T4903369
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.