Ir para casa.

Eu não preciso de razões, para o meu voo.

Eu quis isso, então o fiz.

Por seus olhos, eu estou caindo.

Para mim, é um voo livre, do céu ao chão.

Anestésico carmesim, das minhas veias.

Era a onda do momento, então eu fiz.

Eu ouvia eles falando, um sussurro fraco.

Estava tão entediado, que parei para ouvir.

Não há dia ou noite, ou noção de tempo.

Meu relógio, serve apenas, para tomar meus remédios.

Meu médico, não me receitaria todos eles.

Se eu não mentisse, sobre como realmente me sinto.

Dormindo por longos, trinta minutos por dia.

O suficiente, para não enlouquecer muito cedo.

Estas olheiras profundas, me entregam.

Então, me maquio, eles devem achar, que sou gay.

Nunca serei bom o suficiente, eles me convencem disso.

Eu irei, para onde ninguém dê a minima.

Deixem me viajar, pelo rio das minhas veias.

Deixem-me ir para casa.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 19/10/2014
Reeditado em 05/08/2020
Código do texto: T5004803
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