VAZIO

Meus olhos latentes
Espelhos dos teus
Quando distante te sinto
Enlace de minh'alma

E no silêncio baixinho
Meu coração te escuta
E chora em agonia
A ausência do teu ser

E como se murmurasse
Ouço um canto ensurdecido
Onde murmura tua alma
Camuflada em desventura

E a tarde se esvaí
Esgueirada se consome
Em rastros de solidão
Dominada no abstrato da noite

Soluça o meu canto
Num soluçar abismado
Onde o açoite é o meu pranto
Traiçoeiramente no vazio