NADA

O eco cortante de uma melodia,
Nas curvas cinzeladas da estrada.

Um ego reminiscente, sozinho,
Um copo, outro copo de vinho.

Uma estranha agonia,
Um dia de asas cortadas.

Sem poesia, sem utopia,
Sem contos de fada.

...Sem nada.


- - - - - - - - - -

ESTRANHO

A tristeza me abate,
neste árduo combate,
contra as forças que me empurram,
e o meu corpo esmurram...
vou perder, ai, que desastre. 


Só enxergo a noite escura,
não há uma criatura,
neste estranho mundo - imundo,
onde rastejo no fundo,
sem ninguém que me resgate. 

Marteladas soam surdas,
na minha cabeça desnuda.
Por favor, peço uma ajuda.


(HLuna)