ÀS ESCURAS...
Por entre as cinzas do cigarro,
Eu trago o passado,
Desenhos em nuvens,
Sopros de esperança,
Um resto de lembranças,
Ou do que não consegui.
No violão pequenos versos,
De um tempo tão singelo,
Fragmentos, dispersos,
Olhos que me falam,
Mãos que ainda me calam,
De um perder que eu fugi.
Por entre cinzas que hoje trago,
O chão do peito não pode omitir,
Já são nuvens sem formas,
Que me estrangula a culpa,
Por não me livrar, mil desculpas,
Por ti, por mim, que eu vivo assim.