"O DUAL DA DOR"

Ai!Não tenho chão,

Sobeja-me içar a mão.

Nesta praça do cinturão,

Pouso-me ao clarão,

Do sol que urge e giesta!

Desde aos 10 anos, a vista,

Tornou-me escrava da pista,

Tão virgem,surda e realista.

Oh! Vou esmolando!

Apenas o escuro do fundo,

Da pupila vai ficando,

Com lágrimas ocultas do fado!

O suor e as lágrimas escorrem,

Na dor dos tímpanos que rompem,

Esta gente desfarçada na margem,

De olhos repletos sem pena de coragem.

Ui! Sou apenas mamã tsembana!

Interrogo a minha pena,

E exclamam constantes dores da escuridade!

Que me atormenta sem piedade.

Wrote by Matola.Calvino

7:19 am, 29 april 2016

Kalvino Matsolo
Enviado por Kalvino Matsolo em 29/04/2016
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