A realidade e a fantasia

Uma fada cintila na noite escura, onde a noite fria a lua alumia,

Ali as estrela espreitam e sereia mórbia excita o homem do mar,

Nas casas os anjos velam e berra a noite um choro de gozo, queria

Esse gozo universal em todas as belas ninfas cujo amor tem a dar...

Um beio em gozo, uma fada, uma sereia, uma ninfa, a lua a iluminar

Uma noite fria, bela, mas mórbida e o sorriso da lua vem chorar

Na face nua de amantes, de poetas, do mundo de amor a virar

Um mundo de amantes, de homens, bares e crianças a sonhar...

Mas o que é que há naquela esquina, sóbria, nua, fria, tão linda a espreitar,

Uma mulher de salto alto, sorriso fácil, seio a amostrar, vendendo ao vil

O seu perfil, a prostituta vem trabalhar na noite não ociosa que vem dar

O que de comer para o filho da mulher nua, prostituta de homens mil...

No entanto o cafetão olha a puta sem cliente que tem para dar,

E a puta passa para as esquinas mais nua e mais humilhada,

Para homens grosseiros, um tempo de trabalho que não tem para amar,

Momentos de sexo bruto por dinheiro suo de uma clientela desesperada...

Onde encontro consolo para essas coitadas e desgraçadas?

Onde serão amadas, putas sem graça, sem o céu que esperar?

Existe uma mulher que a perna empresta para serem consoladas,

Mulheres que uma nação forjou com muitos homens a amar...

Que mulheres são essas da infâmia, e os homens em covardia

Vem vindo a amar? São mulheres ccearenses em Fortaleza a habitar,

São brasileiras, coitadas, nuas, com homens a misturar,

Um monte de mulheres e homens a transar, pensamento que inibia...

E agora a turba de homens em coração e paixão profunda

Vem chorar o fim do universo, o poema dos mortos sem amor,

Numa profusão de sentimentos, imagens, putas com mágoas e dor,

Essa é a terra onde o Brasil se forjou, o Ceará nasceu e Fortaleza afunda...

Então chora a musa, onde não há espaço para as fantasias,

Há uma tremenda trepada entre poetas e prostitutas,

Mas os versos bravios, brazis, esses versos um canto contagia,

Não serão sereias, amores de ninfas que atraem, mas vistas

Vadias, mas o que são elas? Qual magia as revela a amar?

São fadas escondidas, medrosas a espreitar homens por amar,

E os vampiros vem comer as élficas mulheres para destruir

O amor incial, desde a infância ao banal, perversão a usufruir...

Enquanto chora a fada, as ninfas se revelam e a luta é aldaz,

Homens se submetem, mulheres os tornam líderes,

O amor é feito numa sociedade real, sem fantasia, nos mares

De amores mmque se unem para enfrentar o mundo fúnebre...

Mas o m undo é invadido, sórdiamente destruído pelo mal,

E o poeta que cantava por amor hoje canta profissional,

O que acontece nesse mundo depois da cura? A tristeza perdura

E o mortos vão sair das tumbas a cérebros morder, a figura

Que ficará a salvar o mundo que não se deve mais perverter

É o mar de forçar de amores e amantes que em matéria vem fazer

Um mundo inverso, um mundo universal, um amor a se entender,

Um amor, uma mante, uma amante, um amor para valer...

E o choro do poeta a espreitar uma abertura desse amor

Vem cantar nestes versos o choro da vida que renasce,

Renasce em poetas, artistas, na lida dos sábios, supera a dor,

E quem sabe se faça uma força de amor onde um bebê nasce...

E do nascimento desse bebê nasce uma criança que aprende o amor,

Fica a riqueza de belo de amor a esperar um poeta a amar,

E o amor que se pede entre eles é um amor sem dor,

Um amor que a mulher e o poeta tem para cada umse dar...

Então, quando esse amor se estabelece, a realidade e a fantasia

Juntam-se, associam-se, são unidas e as fadas voltam

E o choro de poeta torna-se alegria, abram os corções que amam,

Que estes versos ao mundo inteiro e o universo contagia!

Que as portas dos poetas se abram, as pessoas se amem,

Que os homens perdurem, que os amores fulgurem,

Poetas, escrevam o amor nestes mares profundos,

Mulheres, respeitem os poetas dos mundos!

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 29/04/2016
Código do texto: T5620541
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